De todas as vezes em que não sei onde guardo a chave. O que é levantar voo? As asas perdidas no salão de penas brancas que escorregam e se misturam com a comprida saia de estilo isabelino. A princesa sufoca, desaparece na brisa e afunda-se no oceano. Como um abutre sobrevoo e observo o tempo a perder-se.
Ontem foi um dia interminável, todos os meus mais recentes dias me parecem intermináveis. Sou a Alice perdida no labirinto e por todo o lado encontro paredes erguidas demasiado alto, que me custam quebrar, não tenho força... Quando me tornei no bonito coelhinho branco assustado?
O desespero tranquilo do quotidiano demasiado cansado, sem retorno. Um vulcão adormecido é um vulcão sem vida? Por quanto tempo?
As obras de arte florescem a teu lado e eu evoco o renascimento num lugar de partilha.
A ausência mata, entrego-me à apatia, abandono o pensamento enclausurando-o no escuro de um livro sentado no sofá.